ENTRE O DESESPERO E A ESPERANÇA: A FRAUDE ELEITORAL DE 2022 EM ANGOLA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS

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Por: Hitler Samussuku

As eleições de 2022 em Angola foram um marco de expectativas e desilusões para o povo angolano. Em meio a um cenário político repleto de tensões, o eleitorado foi às urnas com a esperança de mudança, desejando uma ruptura com décadas de domínio do MPLA. No entanto, o que poderia ter sido um momento de renovação e esperança se transformou em um pesadelo de fraude e desespero.

Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA, emergiu como a figura de esperança para muitos angolanos, prometendo uma nova era de transparência e desenvolvimento. O povo, cansado de anos de repressão e dificuldades econômicas, depositou nele sua confiança, votando massivamente pela mudança. Contudo, a esperança de uma nova liderança foi brutalmente esmagada por uma série de manobras fraudulentas orquestradas pelo presidente João Lourenço e seus aliados na Casa Militar.

Utilizando o Tribunal Constitucional, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e a empresa espanhola INDRA, João Lourenço conseguiu subverter a vontade popular, garantindo sua permanência no poder. A fraude eleitoral foi um golpe devastador para a democracia angolana, deixando o povo em um estado de profundo desespero e revolta. A victória roubada de Adalberto Costa Júnior não apenas frustrou as expectativas de mudança, mas também intensificou o sofrimento dos angolanos.

Desde então, João Lourenço tem governado com mão de ferro, punindo a população pela ousadia de desejar uma nova liderança. O custo de vida disparou, com aumentos exorbitantes nos preços dos combustíveis e da cesta básica. A crise econômica se aprofundou, e a qualidade de vida dos angolanos se deteriorou drasticamente. A repressão política, que nunca realmente desapareceu, se intensificou, com perseguições e prisões arbitrárias se tornando cada vez mais comuns.

Neste contexto sombrio, a necessidade de reconhecer os erros e corrigir o rumo é urgente. O MPLA deve admitir a fraude eleitoral e convocar novas eleições, permitindo que o povo angolano escolha livremente quem realmente merece governar o país. A elite do MPLA deve entender que a UNITA, sob a liderança de Adalberto Costa Júnior, já demonstrou maturidade política e responsabilidade social. Não haverá perseguições; ao contrário, a união será a chave para o progresso de Angola.

Adalberto Costa Júnior tem um plano inclusivo e abrangente para o futuro de Angola. Seu governo será constituído com a participação de todos os segmentos da sociedade, sem deixar ninguém de fora. A promessa é de um governo para todos e por todos, onde cada angolano terá um papel no desenvolvimento da nação. Entre as prioridades estão a institucionalização das autarquias locais, a reforma das instituições, e melhorias significativas nos sistemas de justiça, saúde e educação.

A fraude eleitoral de 2022 foi um duro golpe para a democracia angolana, mas a luta pela justiça e pela verdadeira representação continua. O primeiro passo para a recuperação é devolver o poder ao povo, permitindo que a vontade popular prevaleça. Juntos, como uma nação unida, Angola pode finalmente trilhar o caminho do desenvolvimento e da prosperidade para todos os seus cidadãos.